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Artistas em pesquisa

Alex FLEMMING

(por Denise Godiva, bolsista Prodocência)

Alex Flemming (São Paulo, 1954)

Artista multimídia, pintor, escultor, gravador, poeta, fotógrafo.

Atualmente reside em Berlim, Alemanha.

Nascido em São Paulo, em 1954, Flemming (figura 1) reside na Alemanha desde 1991.

Entre 1972 e 1974, cursou arquitetura na FAU-USP e frequentou o curso livre de cinema na fundação Armando Álvares Penteado (Faap).

Com Regina Silveira (1939) e Julio Plaza (1938-2003) cursou serigrafia e, com Romildo Paiva (1938), gravura em metal, em 1979 e 1980 (figura 2).

Durante a década de 1970, realizou filmes de curtas-metragens e participou de diversos festivais.

Mudou-se para Nova York em 1981, onde permaneceu por dois anos e desenvolveu projeto no Pratt Institute, com bolsa de estudos da Fullbright Foundation.

Inicialmente, Flemming dedicou-se à gravura, à fotografia e à pintura, realizando em 1983, uma série de grandes quadros que têm como referência fotografias de corpos vigorosos (figura 3).

A partir dos anos 1990, sua produção é marcada por uma nova orientação, passando a realizar também intervenções em espaços expositivos.

Há também a realização de pinturas de caráter autobiográfico, que têm como suporte suas próprias roupas e outras superfícies não tradicionais. Posteriormente, passa a recolher e pintar móveis, como cadeiras, poltronas e sofás usados, aplicando sobre eles tintas e letras, que formam textos retirados de notícias de jornais, deslocando a relação preestabelecida com esses objetos (figura 4).

Entre 1993 e 1994, é professor da Kunstakademie, de Oslo, na Noruega.

Apesar de residir na Alemanha desde 1991, o artista continua expondo frequentemente no Brasil.

Em 1998, por exemplo, realiza painéis em vidro para a Estação Sumaré do Metrô de São Paulo, com fotos de pessoas comuns, às quais sobrepõe com letras coloridas trechos de poemas de autores brasileiros (figura 5).

Já em Body Builders (2001-2002), fotografa corpos jovens e esbeltos para, em seguida, desenhar sobre essas imagens mapas de áreas de conflitos e de guerras como, por exemplo, àquelas do Oriente Médio ou da região de Chiapas, no México (figura 6).

Em 2002, são publicados os livros “Alex Flemming”, pela Edusp, organizado por Ana Mae Barbosa (1936), com textos de diversos especialistas em Ates Visuais; “Alex Flemming, uma poética…”, de Katia Canton (1962), pela editora Metalivros; além do livro, em 2005, “Alex Flemming – Arte e História”, de Roseli Ventrella e Valéria de Souza, pela Editora Moderna.

Em 2016, tem sua primeira retrospectiva no MAC-USP com curadoria de Mayra Laudanna, na exposição “Retroperspectiva” e do livro “Alex Flemming”, editado pela Martins Fontes.

Em 2017, expõe a série “Anaconda” (figura 7), na Fundação Ema Gordon Klabin, em São Paulo, e a série “Apokalypse na Kirche am Hohenzollernplatz” (figura 8), em Berlim (Alemanha).

Com a pandemia de COVID-19, em 2020, Flemming ressignifica sua mais conhecida obra pública, a estação Sumaré do Metrô, em uma ação com a Campanha do Metrô de São Paulo. A fim de conscientizar a população sobre o uso de máscaras em espaços públicos, o artista aplica formas pentagonais de cores vibrantes que remetem às máscaras sobre os já conhecidos retratos da estação (figura 9). Conheça a obra no Mapa visual Cidade.

Fontes de pesquisa: