Pesquisa Ana Beatriz de Melo, Ana Luiza Baldez, Lara Silveira e Sthefany Barcelos (turma 2C); Juliana Ribeiro, Maria Beatriz Souza, Tais Oliveira, Gabriella Tinelo, Ana Clara Martim, Arya Magnun, Lucas Pismel (turma 2D), ensino médio, CAp-Uerj.
Paulo de Frontin Werneck, nasceu em 29 de julho de 1907, no Rio de Janeiro, onde também faleceu em 1987.

Foi um artista autodidata iniciou sua carreira como ilustrador na década de 1920, colaborando com revistas e livros infantis. Mas logo se destacou como muralista e pioneiro na arte do mosaico no Brasil. Atuou principalmente na integração entre arte e arquitetura modernista, colaborando com nomes como Oscar Niemeyer e Affonso Eduardo Reidy. Seu trabalho marcou profundamente a estética de edifícios públicos e privados no país. Suas obras estão presentes em edifícios públicos, igrejas, bancos e centros culturais por todo o Brasil, notadamente no Rio de Janeiro, Brasília e Belo Horizonte.

Além dos mosaicos, Paulo Werneck também ilustrou livros, como O Negrinho do Pastoreio e A Lenda da Carnaubeira. Sua produção artística é marcada pelo uso vibrante de formas geométricas e cores, combinando arte e arquitetura de maneira inovadora.
Seu legado foi resgatado por meio de exposições e estudos, como o Projeto Paulo Werneck, que preserva seu acervo e promove a valorização de sua contribuição para a arte pública e o modernismo brasileiro.
O auge da sua trajetória artística foi entre as décadas de 1940 e 1960. A partir dos anos 1940, Werneck se consolidou como um dos principais muralistas modernistas do Brasil, sendo pioneiro no uso do mosaico integrado à arquitetura moderna.

Trabalhou com grandes nomes da arquitetura como Oscar Niemeyer e Affonso Eduardo Reidy, criando murais para obras icônicas como: Igreja São Francisco de Assis (Pampulha, 1943) – Figura abaixo; Ministério da Fazenda (RJ); Estádio do Maracanã; Palácio do Itamaraty (Brasília); Agências do Banco do Brasil e demais prédios públicos em várias capitais brasileiras.

Seus painéis usavam pastilhas de vidro e pedra colorida, com composições abstratas e geométricas, dialogando com o modernismo brasileiro.
Nos últimos anos de vida, Werneck reduziu o ritmo de produção, mas continuou atuando como artista e defendendo a arte integrada à cidade. Mesmo com o declínio do modernismo, ele manteve seu estilo e sua visão artística.

Após sua morte, sua obra foi resgatada e valorizada por pesquisadores, críticos e instituições culturais.
O Projeto Paulo Werneck, criado por sua família, passou a organizar seu acervo (com projetos, fotos e documentos) e promover exposições. Exposições importantes ocorreram na Pinacoteca de São Paulo, no MAM Recife e no Museu de Arte da Pampulha.
Hoje, Werneck é reconhecido como um dos grandes muralistas do Brasil e figura essencial na arte pública e na arquitetura modernista do século XX.
Fontes: