por Jandira Oliveira
Imagens quando transformadas em ícones são capazes de transmitir uma mensagem – relacionada a uma pauta em questão – de maneira sucinta. Podemos observar essa dinâmica em cartazes, pichações, grafites e murais espalhados pela cidade na forma de “protestos artísticos”.
Num dos episódios mais recentes, em termos de repercussão mundial, o assassinato de George Floyd por um policial estadunidense em Maio de 2020 reforçou as discussões sobre a brutalidade policial em meio a sociedade. Artistas de todo o mundo prontamente se uniram as manifestações e transformaram o retrato de Floyd em ícone dos protestos: “Artistas de rua de todo o mundo estão pintando murais para homenagear George Floyd”.
Essa manifestação mediada pela imagem/ícone, apesar de recorrente e fundamental e nossa história, encontrou novos desdobramentos com a popularização da Internet. Mídias digitais facilitaram a produção enquanto redes sociais potencializaram o alcance dessas imagens e suas mensagens.
O ambiente digital online revelou-se um novo espaço onde o ativismo é exercido e onde discursos são construídos, circulados e negociados. Aqui o compartilhamento das imagens é tanto uma forma de tornar visível as injustiças quanto uma forma de expressar a revolta e a demanda por direitos: “Como as homenagens virais à George Floyd usam a arte para espalhar um movimento”.