(por Natália Regina Brito da Silva, Mestranda PPGEB)
Seydou Keïta nasceu no Mali, em 1921.
Filho mais velho de um fabricante de móveis, o artista começou a fotografar quando ganhou uma Kodak Brownie, uma das primeiras câmeras portáteis do mundo, comprada no Senegal, em 1935.
Suas primeiras imagens foram de seus familiares e vizinhos. Com Pierre Garnier, proprietário de uma loja de suprimentos fotográficos, aprendeu técnicas de fotografia, e com seu mentor, Mountaga Traoré, a revelar filmes.
Nos retratos, Keïta mistura símbolos culturais como as diferentes padronagens de tecidos de roupas com influências do estilo ocidental, como ternos, gravatas e rádios.
No início da década de 1960, quando o Mali tornou-se independente, o fotógrafo fechou seu estúdio e passou a trabalhar exclusivamente para o novo governo.
O trabalho de Keïta, reconhecido nacionalmente, tornou-se mundialmente conhecido quando suas fotografias começaram a ser colecionadas na Europa e nos Estados Unidos.
Seydou Keïta morreu em 2001, em Paris.
Fonte: https://mam.rio/artistas/seydou-keita%E2%A0%80/ Acesso em: fev. 2023.
https://ims.com.br/exposicao/seydou-keita-ims-rio/
Mapa Visual “Perfis Negras”
A relação de Keïta, Mulambö e a/o artista anônima/o é que, ambos, buscam valorizar os aspectos culturais de suas origens e vivências através de diversas possibilidades: indumentárias, acessórios, hábitos, costumes, jeitos, alimentos de épocas distintas.
A valorização de identidades sempre se faz necessária não apenas para mapearmos o que há de subjetivo na construção da história das sociedades, mas também para deixar registrado, com maior riqueza de detalhes, as experiências individuais desses artistas.
Há também um catálogo que foi desenvolvido pelo Instituto Moreira Salles, no estado de São Paulo, que possui publicações de artigos e alguns trabalhos fotográficos de Keïta que fizeram parte das suas exposições pelo mundo, destacando alguns expostos em Paris, na França:
LEENHARDT, Jacques e TITAN JR, Samuel (Org.). Seydou Keïta. São Paulo: Instituto Moreira Salles/IMS, 2018, 168 p.